terça-feira, abril 18, 2006

O Castelo de Penamacor


Localização Administrativa: Castelo Branco, Penamacor
Cronologia: Época de construção século XIII / XIV / XVI / XVII
1189 povoamento e doação a D. Gualdim Pais, Mestre da Ordem do Templo; provável construção do Castelo integrando hipotéticas pré-existências castrejas; 1199 concessão de carta de foral por D. Sancho I, ratificada em 1209; provável início da construção do Castelo por D. Sancho I; 1300 provável construção da segunda cintura muralhada do castelo, da torre de menagem e da cerca urbana, por D. Dinis; finais do século XIII e início do século XIV, obras de renovação do Castelo e construção da barbacã, por D. Fernando e D. João I; inicio do século XVI, levantamento efectuado por Duarte de Armas, representando cerca urbana e barbacã, o Castelo com dupla cintura muralhada e torre isolada no lado oposto; obras de renovação e (re) construção da Torre de Vigia por D. Manuel; meados do século XVII renovação das estruturas defensivas no contexto das guerras da Restauração, sendo Governador de Armas da Beira o marquês de castelo Melhor, através da construção de seis baluartes; 1739 destruição da Torre de Menagem por uma faísca, quando funcionava como paiol; século XVIII alteração dos vãos da Casa da Câmara; 1834 retirada da guarnição militar; progressiva destruição das muralhas, cujos materiais foram reaproveitados em diversas construções civis; 1867 demolição da Porta dos Carros e aquisição da pedra pelo município; 1933 entulhamento da cisterna ou Poço D’ El Rei pelo município; existiam cinco portas: Porta de Stº António, Porta dos Carros e três portas no recinto do Castelo.
Arquitectura e Arte: Cerca urbana de traçado ovalado irregular, da qual apenas subsiste um troço de muralha desprovida de merlões entre a Casa da Câmara e a Torre de Menagem, apresentando janela de lintel recto e junto da qual existem duas gárgulas de canhão, assim como o arranque da muralha no lado Sul. A Torre de Menagem ou Torre do Relógio encontra-se adossada pelo exterior ao troço subsistente da cerca urbana. De planta quadrangular tem embasamento biselado, dois registos cegos, e porta em arco quebrado parcialmente entaipada no primeiro registo no alçado Oeste, sendo encimado por baixo-relevo representando um cavaleiro. Adarve rematado por merlões pentagonais, integrando, no ângulo Nordeste, campanário de planta quadrada com quatro aberturas sineiras em arco pleno e cobertura piramidal, com relógio no lado Norte. Casa da Câmara está integrada na cerca urbana erguendo-se sobre a Porta da Vila junto ao Pelourinho. Tem planta rectangular, evoluindo com dois andares. Alçado Norte marcado por Porta da Muralha em arco quebrado, tendo superiormente, duas janelas em arco abatido com chiado a decorar a pedra de fecho e friso saliente. Ostenta as armas reais com as esferas armilares. Alçado Sul rasgado por Porta da Muralha com duplo arco pleno, tendo lanço de escadas de acesso ao piso superior, este marcado por porta e janela de lintel recto, ladeadas pelas armas concelhias, tendo, ainda, janela idêntica ao alçado oposto. Remates em cornija, sustentando cobertura a quatro águas. A Torre de Vigia tem planta quadrada com três registos. No alçado Este sobre o embasamento biselado sucedem-se o primeiro e terceiro registos cegos, sendo o segundo rasgado por porta de lintel curvo, encimada por inscrição ilegível. Alçado Norte com embasamento escalonado e biselado de grande altura, ostenta as armas reais, ladeadas por esferas armilares e enquadradas em moldura rectilínea a nível superior. Alçado Oeste possui embasamento semelhante ao anterior, apresentando seteira ao nível do segundo registo e janela de lintel recto sem moldura no terceiro. Alçado Sul com embasamento escalonado e biselado, parcialmente adossado a afloramentos rochosos que se integram na construção, tendo adarve rematado com cachorrada composta por mísulas de recorte tripartido. Interior de dois pisos, definidos a partir da porta situada acima do nível do solo, com pavimentos em madeira. baluartes subsistentes, tendo, o contíguo à Casa da Câmara, cortinas escarpadas, integrando duas canhoneiras (lado Norte); parcialmente integrado num afloramento rochoso, junto ao lado Sul do antigo Convento de Stº António, desponta outro baluarte; um quarto baluarte, conhecido como Reduto da Cavalaria, situa-se no local do Quartel da Guarda Fiscal (lado Norte). Baluarte, conhecido como Reduto do Outeiro, situa-se junto da Rua Outeiro (lado oeste).
Caracterização geral da área e densidade populacional: Penamacor é uma Vila, sede de Concelho e de Freguesia, distrito de Castelo Branco, diocese da Guarda. O Concelho tem 12 freguesias. A norte faz limite com o Concelho do Sabugal, a sul com a Idanha-a-Nova, a oeste com o Fundão e a leste faz fronteira com a Espanha.
Acessos: Para quem vem do Sul, para Penamacor – a E.N.233; para quem vem do Norte pela Guarda – a E.N.233 e para quem vem de Leste, de Espanha – a E.N.233-3. Internamente o Concelho está servido de uma boa rede de estradas municipais.
Horário de abertura: Encontra-se sempre aberto
Contactos: Junta de Freguesia de Penamacor
Telefone: 277 39 45 64
Caracterização da Envolvente
Alojamento:
Residenciais: · Nossa Senhora do Incenso; · O Zé Galante; · O Fontanhão
Estalagem da Vila Rica
Parque de campismo do Freixial
Restauração: · O Zé Galante; · O Fontanhão; · Giesta; · O Depósito; · Dois Pinheiros; · O Caçador; · Piscina; · O Poço
Gastronomia: · Pãezinhos com Chouriço; · Sopa de Feijão Frade do Campo; · Sopa Antiga de Alcains; · Bacalhau à Moda de Envendos; · Panela do forno; · Maranhos; · Cabrito Estonado à Moda de Oleiros; · Tijeladas de Castelo Branco; · Broas de Penamacor
Festas e Feiras: · Nossa Senhora do Incenso; · Nossa Senhora do Bom Sucesso; · Nossa Senhora da Póvoa
Museus: Museu Municipal de Penamacor - Arqueologia
Bibliografia
ALMEIDA, João; Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses, Lisboa, 1948;
ALMEIDA, José António Ferreira; Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980;
BARBOSA, Inácio de Vilhena; As Cidades e Vilas da Monarchia Portugueza, Lisboa, 1860;
BEÇA, Humberto; Castelos de Portugal, Os Castelos da Beira Histórica, Porto, 1922;
CABRITA, Augusto; Os Mais Belos Castelos de Portugal, Lisboa, 1988;
DIONÍSIO, Sant’Ana; Guia de Portugal, Lisboa, 1984;
HORMIGO, José Joaquim; A Beira Baixa vista por Artistas Estrangeiros (Séc. XVIII – XIX), Castelo Branco, 1983;
LANDEIRO, José Manuel; O Concelho de Penamacor na História, na tradição e na Lenda, Penamacor, 1938;
LEAL, Pinho; Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873;
NUNES, António Lopes Pires; A Vila de Penamacor na História da Arte em Portugal, in Estudos de Castelo Branco, n.º 2, Castelo Branco, 1977;
PERES, Damião; A Gloriosa História dos mais belos Castelos de Portugal, Porto, 1969.
Informação retirada do site http://www.gt.estt.ipt.pt/techne%20on-line/castelosportugal/Penamacor.htm
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