terça-feira, março 28, 2006

Outro campeonato...

Num momento em que a equipa de futebol de Penamacor alcança pela primeira vez os campeonatos nacionais (a terceira divisão) surge-nos também uma noticia preocupante que é também um paradoxo para o nosso concelho.

Com efeito o concelho de Penamacor é, no contexto nacional, o terceiro concelho com maior percentagem de pensionistas.

Segundo um estudo recentemente divulgado, mais de um em cada quatro portugueses é pensionista da Segurança Social, sendo que os números mais elevados se registam nos concelhos do interior centro e sul.

Este estudo, da Marktest refere ainda o aumento do número de pensionistas em cerca de "6 por cento entre 1999 e 2003", o que traduz o envelhecimento dos portugueses em geral.

Os concelhos onde se registam mais pensionistas estão no interior Centro e Sul, mas os valores de pensões mais altas estão concentrados no litoral, especialmente na grande Lisboa, enquanto os mais baixos se observam no interior Norte.

O número de pensionistas atinge 58,97 por cento no concelho de Gavião (distrito de Portalegre), 58,86 por cento em Alvaiázere (Leiria) e 57,52 por cento em Penamacor (Castelo Branco), refere o documento.

Dois dados a reter, na minha opinião: Penamacor precisa de investir seriamente nas condições de fixação de população activa no concelho e apostar na qualidade de vida dos aposentados que aí residem. Vamos a isso?

2 Comments:

Blogger karraio said...

Se vamos a isso? Quem? Nós?
Lamento mas não me parece que eu tenho poder e meios para fixar população, eu cidadão "anónimo". Não, não me atribuam essa responsabilidade, por favor.
Ó Jorge Seguro, é evidente que todos nós estamos interessadíssimos em ver o desenvolvimento do nosso concelho, em que se invista nas condições de fixação de população activa e em que se aposte na qualidade de vida dos aposentados.
Desculpa lá, mas essa tua opinião soa a descoberta da pólvora.
Mas NÓS é que vamos a isso?
E que tal se mandasses este post para os senhores da Assembleia da República e do Terreiro do Paço respondsáveis primeiros pelas assimetrias regionais? Mas sobretudo, sugiro vivamente que mandes o post para a Câmara Municipal de Penamacor, esses sim, são os NÓS.
Aliás, se bem me recordo, a bandeira da fixação da população foi umas das mais "abanadas" na campanha de 2001. Falhanço redondo, mais de 5 anos decorridos.
Mas mais interessante que fazer mais um diagnóstico dos velhos problemas, é discutir as vias de os resolver. Sem pretender ser mais economicista que o Keynes, acredito que a via mais profícua passará necessariamente pela criação de emprego. Nas regiões deprimidas, não há lógica de mercado que as salve, terá mesmo de ser Keynes a dar uma ajudinha, que é como quem diz, o Estado Central com algumas medidas e, acima de tudo a Câmara. O poder municipal que faça o que tem de se fazer para atrair investimento, (endógeno e exógeno) que leve à implementação de unidades de produção. Se se ficar pelos foliões de Carnaval, não "vamos a isso".

10:24 da tarde  
Blogger Jorge Seguro Sanches said...

Sendo uma evidência, não é com certeza a descoberta da pólvora. Se para a primeira das necessidades identificadas, a qualidade de vida das pessoas mais idosas, os poderes públicos têm uma grande vocação e responsabilidade na liderança e criação de soluções já me parece que para a criação de riqueza a solução não me parece tão simples e óbvia.
Com efeito o sucesso do empreendorismo, a criação de riqueza e de emprego assenta quase sempre na iniciativa privada e na capacidade de inovar.
Para além das dificuldades muito conhecidas, que o meu Amigo referiu – Penamacor está no interior esquecido do nosso país - entendo que em Penamacor temos tido sempre mais capacidade para excluir do que para juntar vontades. Mais capacidade para pensar no imediato que no médio ou longo prazo e assim Penamacor parece ainda mais interior que muitos outros concelhos do interior…
Sou o primeiro a reconhecer que cabe aos poderes públicos criar as melhores condições para atrair investimento, riqueza, emprego. Mas mesmo quando isso acontece, não chega se a sociedade que nos rodeia não disser: vamos a isso!
Um abraço
Jorge Seguro Sanches

12:03 da manhã  

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