quarta-feira, outubro 24, 2007

Penamacor e a União Europeia

O Acordo alcançado em Lisboa no passado dia 18 de Outubro, se tudo correr bem, conduzirá à assinatura de um novo Tratado a 13 de Dezembro. Para todos os efeitos, o novo documento passará a ser designado como Tratado de Lisboa, o que, indiscutivelmente, constitui um feito relevante deste Governo.

Independentemente dos pormenores inscritos nesse documento, que vão ser exaustivamente escalpelizados nos próximos meses, mais pelos euro especialistas, menos pelo “povo”, não deixa de ser um bom pretexto para abordar a problemática da integração de Portugal na EU, e, em particular, o processo de integração de um concelho como Penamacor num espaço tão heterogéneo como é a União Europeia dos actuais 27 Estados-membros.

À medida da disponibilidade, aqui se exporão alguns elementos de reflexão sobre o tema, tomando como ponto de partida a questão da integração de uma zona periférica como é o concelho de Penamacor no espaço cada vez maior e mais heterogéneo da União Europeia. Parte-se de um pressuposto relativamente simples que se pode assim enunciar: considerando o princípio do desenvolvimento harmonioso em todos os estados-membros e em todas as regiões como condição para o sucesso pleno da União Europeia, são as regiões mais desfavorecidas (eufemismo para “atrasadas”, “pobres”) que mais dificuldades apresentarão nesse processo. Ora, Penamacor é um concelho “desfavorecido” de um país já de si relativamente periférico, o que, desde logo, indicia um bom campo de observação.

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